Você já ouviu falar do Transtorno de Ansiedade Generalizada, conhecida também como TAG? Essa é uma condição mental caracterizada pela preocupação excessiva e crônica sobre diferentes temas, associada à tensão aumentada.¹

Uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada, normalmente, apresenta algumas características, principalmente sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses. ² Veja outros sintomas que é preciso ficar atento

  • Angústia
  • Tensão
  • Preocupação
  • Nervosismo
  • Irritação
  • Insônia
  • Dificuldade em relaxar
  • Cansaço fácil
  • Tensão muscular
  • Angústia constante
  • Irritabilidade
  • Dificuldade de Concentração

Por ser composta por sintomas tão comuns no dia a dia, muitas vezes os pacientes podem pensar que essa preocupação é apenas uma característica pessoal, por isso, combater os primeiros sintomas da ansiedade é de extrema importância.  Preocupações comuns incluem sua saúde, dinheiro, família ou trabalho. Embora todo mundo se preocupe com essas coisas de vez em quando, se você sempre espera o pior, isso pode atrapalhar uma vida normal.³

Um artigo publicado na Nova Zelândia categorizou os principais sintomas e elaborou um teste para medir o nível de ansiedade. Lembrando que esse tipo de questionário não tem valor como diagnóstico, que deve ser feito sempre por um profissional.4

Causas do Transtorno de Ansiedade Generalizado

O Transtorno de Ansiedade Generalizado pode se desenvolver quando você não consegue lidar bem com seu estresse interno. Também ocorre em famílias, mas não se entende por que algumas pessoas desenvolvem e outras não. Segundo os pesquisadores, as áreas do cérebro que controlam o medo e a ansiedade estão envolvidos. ³

Os sintomas também podem ocorrer como efeito colateral do uso de um medicamento ou outras substâncias. Também pode estar relacionado a condições médicas, como hipertireoidismo, que aumentam os hormônios. Por fim, o transtorno pode ser desencadeado por estresse ou doenças crônicas. ³

Com que frequência você foi incomodado pelos problemas descritos?

Pontuação

5–9 Ansiedade leve
10–14 Ansiedade moderada
15–21 Ansiedade severa

Um alerta para as mulheres

Assim como em outras doenças, o TAG é mais comum de acordo com o gênero da pessoa. Mulheres apresentam um risco significativamente maior comparado com o dos homens para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade ao longo da vida. Além disso, diversos estudos sugerem maior gravidade de sintomas, maior cronicidade e maior prejuízo funcional dos transtornos de ansiedade entre as mulheres. Apesar disso, os motivos que levam a este aumento de risco no sexo feminino são ainda desconhecidos e precisam ser adequadamente investigados.5

Vários estudos apresentam evidências de que, entre as prováveis causas dessa diferença entre os sexos, estão os fatores genéticos e a influência exercida pelos hormônios sexuais femininos. 5

Evidências de vários estudos têm revelado que mulheres com Transtorno de Ansiedade Generalizada relatam frequentemente a piora dos sintomas de TAG no período pré-menstrual. Evidências de alguns estudos também têm sugerido que mulheres com TAG têm maior probabilidade do que homens com TAG de buscar tratamento profissional para o seu transtorno, especialmente se houver também o diagnóstico de um ou mais transtornos comórbidos. 5

Tratamento

Como o componente psicológico e fatores ambientais têm um papel muito significativo no transtorno, a abordagem psicoterápica é prioritária no tratamento. O tratamento farmacológico pode e deve ser considerado em determinadas circunstâncias, porém nunca deve ser a única opção terapêutica.6

Deve-se ressaltar que psicoterapias estruturadas, entre elas a Terapia Cognitivo Comportamental, para terem êxito, implicam em algumas precondições do paciente, tais como: alto grau de motivação, capacidade de auto-observação, disponibilidade de tempo e outros recursos.6

A terapia farmacológica deve ser considerada, em conjunto com a abordagem psicoterápica, quando o grau de sofrimento do paciente e a interferência dos sintomas sobre a sua vida assim o exigirem. Nessa condição o médico deve avaliar se a previsão de uso do medicamento é por um curto ou longo período.6

Referências:

1. Governo de Santa Catarina. Transtorno de Ansiedade Generalizada. Disponível em: https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9217-ansiedade-generalizada/file. Acesso em: 2023, abril

2. Conselho Nacional do Ministério Público. Saúde Mental no Ministério Público. Disponível: https://www.cnmp.mp.br/portal/images/Publicacoes/documentos/2020/Bem_Viver_web2.pdf. Acesso em: 2023, abril.

3 - Johns Hopkins Medicine. Generalized Anxiety Disorder (GAD). Disponível em: https://www.hopkinsmedicine.org/health/conditions-and-diseases/generalized-anxiety-disorder#:~:text=What%20is%20generalized%20anxiety%20disorder,for%20at%20least%206%20months. Acesso em: 2023, abril.

4. Best Practice Journal. Generalised anxiety disorder in adults. Disponível em: https://bpac.org.nz/BPJ/2009/December/anxiety.aspx. Acesso em: 2023, Abril.

5. Gustavo Kinyrs, Lisa E Wygant. Transtornos de ansiedade em mulheres: gênero influencia o tratamento? - Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/BFx4r3BVv54Vy9Hh7FfmJnk/?lang=pt#:~:text=Mulheres%20apresentam%20um%20risco%20significativamente,de%20ansiedade%20entre%20as%20mulhere. Acesso em: 2023, abril.

6. Universidade de São Paulo (USP). Características básicas do transtorno de ansiedade generalizada. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/127538/124632. Acesso em: 2023, abril.

 


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