em

estresse: o que é, sintomas, tipos e como tratar.

Se você se considera uma pessoa estressada, saiba que não está sozinha.

A correria da vida moderna faz com que cada vez mais pessoas sintam angústia, tanto em relação à vida pessoal quanto profissional.

E para te ajudar a conhecer um pouco mais sobre o tema, preparamos um conteúdo superbacana, explicando direitinho o que é e como lidar com o estresse.

Então relaxa, respira fundo e bora começar!

O QUE É O ESTRESSE1

O estresse pode ser definido como uma reação do organismo que acontece diante de situações que exijam adaptações além de seu limite. Caso aconteça com frequência, pode afetar a saúde, a qualidade de vida e a sensação geral de bem-estar da pessoa.

SINTOMAS DO ESTRESSE2

O estresse pode ser manifestar com sintomas físicos e/ou psicológicos.

Sintomas físicos do estresse:

  • Aumento da sudorese

  • Hiperacidez estomacal

  • Tensão muscular

  • Taquicardia

  • Hipertensão arterial

  • Bruxismo

  • Náuseas

Sintomas psicológicos do estresse:

  • Ansiedade

  • Angústia

  • Dificuldade de concentração

  • Preocupação excessiva

  • Hipersensibilidade

CAUSAS MAIS COMUNS DO ESTRESSE

A origem do estresse pode estar tanto na vida pessoal quanto profissional.

As principais fontes do estresse podem ser internas – relacionadas à personalidade e à maneira como a pessoa reage - ou externas – relacionadas ao ambiente e não diretamente ao indivíduo.3

Além disso, a dificuldade de lidarmos emocionalmente com situações que surgem em nossas vidas pode gerar estresse e a predisposição para o aparecimento de transtornos mentais, como a ansiedade e outros.

TIPOS DE ESTRESSE4

Estresse agudo

No estresse agudo, o organismo sofre modificações fisiológicas provocadas pelo sistema nervoso e volta ao normal, sem grandes consequências. Por exemplo, desde tempos primitivos, ao sentir que suas vidas correm perigo, os humanos elevam o nível de estresse para terem uma resposta rápida: lutar ou fugir.

Estresse crônico

Muito comum na sociedade moderna, o estresse crônico acontece devido a situações estressantes como, por exemplo, brigas de trânsito, problemas com chefe, problemas financeiros, doença na família etc. Como não é possível voltar ao estado fisiológico habitual rapidamente, a resposta ao estímulo estressor não é aliviada, desencadeando um processo acumulativo que leva ao estresse crônico.

FASES DO ESTRESSE

O estresse pode ser dividido em quatro fases:5

1) Fase de alerta:

Esse estágio inicial do estresse é considerado positivo6, quando o organismo reage com taquicardia, tensão muscular e sudorese preparando o indivíduo para a ação diante de uma situação de atenção ou perigo. 7

2) Fase de resistência:

É resultado do acúmulo de tensão da fase anterior, quando o organismo tenta resistir ao desgaste sofrido. Se a reserva de energia adaptativa da pessoa for suficiente, ela se recupera e sai do processo de estresse. Caso contrário, a condição pode avançar para a terceira fase.8

3) Fase de quase exaustão:

Nesta fase, o organismo está enfraquecido e não consegue mais se adaptar ou resistir ao estresse.

Dependendo da fragilidade de cada indivíduo, algumas doenças podem aparecer, tais como herpes simples, psoríase, picos de hipertensão e diabete, nos indivíduos geneticamente predispostos.9

4) Fase de exaustão:

Aqui o indivíduo alcança a fase mais negativa do estresse: a exaustão. E fica mais propenso a apresentar doenças graves, como depressão, úlceras, pressão alta, psoríase, vitiligo, urticária crônica e infarto agudo do miocárdio.

CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE6

As consequências de altos níveis de stress crônico são diversas e podem causar:

  • Queda de produtividade

  • Desmotivação

  • Irritação

  • Dificuldades interpessoais

  • Problemas nas relações afetivas

  • Doenças físicas variadas e até mesmo graves

  • Infelicidade na esfera pessoal.

ESTRESSE NA GRAVIDEZ7

O estresse na gravidez pode estar associado a eventos próprios dessa fase como temores em relação ao parto, medo da morte (sua ou do feto), preocupações financeiras ou conjugais, falta de rede de apoio, dúvidas em relação ao corpo, entre outros.

O quadro pode se agravar no contexto familiar se houver situação econômica difícil, violência doméstica, uso de drogas, depressão, pânico e complicações pré-natais.

ESTRESSE E ANSIEDADE

A ansiedade pode ter um impacto negativo na vida da pessoa, aumentando a probabilidade do surgimento de doenças como:

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)8

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um transtorno psiquiátrico que se caracteriza pela preocupação excessiva. Para o diagnóstico do TAG, a preocupação excessiva deve durar pelo menos seis meses e ser acompanhada de pelo menos três dos seguintes sintomas: inquietação, irritabilidade, fatigabilidade, perturbação do sono, tensão muscular e/ou dificuldade de concentração.

Transtorno do pânico9

O transtorno do pânico (TP) é caracterizado pela presença de ataques de pânico recorrentes, que consistem em uma sensação de medo ou mal-estar intenso, acompanhada de sintomas físicos e cognitivos que se iniciam de forma brusca, alcançando intensidade máxima em até 10 minutos.

Fobia social10

A fobia social é caracterizada por um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais, e a pessoa geralmente evita essas situações ou as suporta com intenso sofrimento. A fobia social apresenta significativa interferência nas rotinas de trabalho, acadêmicas e sociais e/ou sofrimento acentuado.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)11

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é caracterizado pela presença de obsessões e/ou de compulsões, tais como pensamentos, ideias, impulsos, imagens e comportamentos ou atos mentais repetitivos, realizados para diminuir o incômodo ou a ansiedade causados pelas obsessões ou para evitar que uma situação temida venha a ocorrer.

COMO TRATAR E ALIVIAR O ESTRESSE

O estresse é uma reação natural do ser humano, mas caso interfira na sua qualidade de vida, é necessário procurar ajuda, seja de um médico, de um terapeuta, ou mesmo através de outras estratégias como as listadas abaixo:

Exercícios12

A prática recorrente de exercícios físicos aeróbios pode produzir efeitos antidepressivos e ansiolíticos e proteger o organismo dos efeitos prejudiciais do estresse na saúde física e mental.

Alimentação saudável<>

Hábitos saudáveis e uma alimentação adequada podem trazer benefícios e ser ferramentas importantes na manutenção da saúde e na qualidade de vida, já que tem o poder de diminuir os danos causados às células decorrentes do estresse.

Meditação14

A meditação, traz benefícios para o sistema cognitivo, promove a concentração, auxilia na percepção sobre as sensações físicas e emocionais, amplia a autodisciplina no cuidado com a saúde, estimula o bem-estar e o relaxamento, reduzindo o estresse.

O ESTRESSE TEM SOLUÇÃO

Não tem jeito, o estresse vai acabar fazendo parte de sua vida uma hora ou outra e pode trazer sérios problemas para sua saúde e bem-estar. Mas se você souber reconhecê-lo, tudo fica mais fácil.

Vamos combinar uma coisa?

Da próxima vez que estiver diante de uma situação estressante, tente respirar fundo e se acalmar, ok? E caso esses momentos se repitam frequentemente, não hesite em procurar ajuda.

Referências bibliográficas:

1. Sadir, Maria Angélica, Bignotto, Márcia Maria e Lipp, Marilda Emmanuel Novaes. Stress e qualidade de vida: influência de algumas variáveis pessoais. Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2010, v. 20, n. 45 [Acessado 2 Agosto 2021] , pp. 73-81. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000100010. Epub 27 Abr 2010. ISSN 1982-4327.

2. Silva, Eliana Aparecida Torrezan da e Martinez, Alessandra. Diferença em nível de stress em duas amostras: capital e interior do estado de São Paulo. Estudos de Psicologia (Campinas) [online]. 2005, v. 22, n. 1 [Acessado 13 Agosto 2021] , pp. 53-61. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2005000100007. Epub 07 Nov 2007. ISSN 1982-0275.

3. SILVA, L. C.; SALLES, T. L. A. O estresse ocupacional e as formas alternativas de tratamento. Revista de Carreiras e Pessoas, v. 6, n. 2, p. 234-247, 2016.

4. Capriste, Maria Lucia Parizatti, Nathalia Duarte de Moraes, Giselle Clemente Sailer, Luiclene Cardoso and V. A. Preto. “Reflexões sobre a influência do estresse crônico na transformação de células saudáveis em células cancerígenas.” (2017).

5. Silva, Eliana Aparecida Torrezan da e Martinez, Alessandra. Diferença em nível de stress em duas amostras: capital e interior do estado de São Paulo. Estudos de Psicologia (Campinas) [online]. 2005, v. 22, n. 1 [Acessado 2 Agosto 2021] , pp. 53-61. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2005000100007.. Epub 07 Nov 2007. ISSN 1982-0275.

6. Sadir, Maria Angélica, Bignotto, Márcia Maria e Lipp, Marilda Emmanuel NovaesStress e qualidade de vida: influência de algumas variáveis pessoais. Paidéia (Ribeirão Preto) [online]. 2010, v. 20, n. 45 [Acessado 2 Agosto 2021] , pp. 73-81. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000100010. Epub 27 Abr 2010. ISSN 1982-4327.

7. Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim e Schiavo, Rafaela de AlmeidaStress na gestação e no puerpério: uma correlação com a depressão pós-parto. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia [online]. 2011, v. 33, n. 9 [Acessado 13 Agosto 2021] , pp. 252-257. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-72032011000900006. Epub 20 Dez 2011. ISSN 1806-9339.

8. REYES, Amanda Neumann; FERMANN, Ilana Luiz. Eficácia da terapia cognitivo-comportamental no transtorno de ansiedade generalizada. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro , v. 13, n. 1, p. 49-54, jun. 2017 . Disponível em http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20170008. acessos em 13 ago. 2021.

9. Salum, Giovanni Abrahão, Blaya, Carolina e Manfro, Gisele Gus.Transtorno do pânico. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul [online]. 2009, v. 31, n. 2 [Acessado 13 Agosto 2021] , pp. 86-94. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-81082009000200002. Epub 18 Mar 2010. ISSN 0101-8108.

10. Terapia cognitivo-comportamental da fobia social: modelos e técnicas. Gustavo J. Fonseca D'El ReyCarla Alessandra Pacini. https://doi.org/10.1590/S1413-73722006000200005

11. Rosario-Campos, Maria Conceição do e Mercadante, Marcos T. Transtorno obsessivo-compulsivo. Brazilian Journal of Psychiatry [online]. 2000, v. 22, suppl 2 [Acessado 13 Agosto 2021] , pp. 16-19. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000600005. Epub 24 Jan 2001. ISSN 1809-452X.

12. Ferreira, Arita Montanini. (2017). Influencia da prática de exercícios físicos no estresse. Revista Científica FacMais, 10 (4).https://revistacientifica.facmais.com.br/wp-content/uploads/2018/01/9-INFLU%C3%8ANCIA-DA-PR%C3%81TICA-DE-EXERC%C3%8DCIOS-F%C3%8DSICOS-NO-ESTRESSE.pdf

13. MARTINS, I. M. G; ANDRADE, A. H. G. Manual nutricional: alimentação para combater o estresse. s.l, 2018.

14. Araujo, Raquel Vilanova et al. Efeito da meditação no nível de estresse psicológico de mulheres com neoplasia mamária: revisão sistemática. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2019, v. 53 [Acessado 13 Agosto 2021] , e03529. Disponível em:https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018031303529. Epub 2 Dez 2019. ISSN 1980-220X.

MAT-BR-2104987