Já ouviu falar na
síndrome do Burnout?
um distúrbio emocional que tem se tornado
cada vez mais comum no cotidiano moderno.
A síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional tem como características: a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.1
Na maioria das vezes, a principal causa é justamente o cansaço mental provocado pelo trabalho. Essa síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes como: médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.1
O que significa?
Burnout é uma palavra inglesa utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão. É um problema que atinge profissionais de serviço, principalmente os cuidadores, em que a oferta do cuidado ou serviço frequentemente ocorre em situações de mudanças emocionais.
A Síndrome de Burnout (SB) assume uma concepção multidimensional, cuja manifestação se caracteriza por esgotamento emocional, redução da realização pessoal no trabalho e despersonalização do profissional.2
Entre os motivos para o surgimento da síndrome de Burnout, estão objetivos difíceis de serem alcançados. Muitas vezes, a pessoa pode não ser capacitada para tal função ou já estar desempenhando outras atividades, e isso pode impedir o cumprimento de demandas solicitadas. A pessoa se sente, então, sobrecarregada e, ao mesmo tempo, incapaz, pois deseja realizar o que lhe é proposto, mas não tem meios para isso, o que causa o esgotamento psicológico. 2
Mais comum do que se imagina
Um estudo conduzido em escolas da rede municipal de João Pessoa, na Paraíba, avaliou a prevalência da síndrome de Burnout no ambiente de trabalho de professores. Os resultados evidenciaram que 33,6% dos professores apresentaram alto nível de exaustão emocional; 8,3% deles tinham alto nível de despersonalização; e 43,4% demonstraram baixo nível de realização profissional.2
Outro levantamento avaliou a qualidade de vida dos anestesiologistas da cidade do Recife e identificou que 44,6% deles têm percepção negativa ou indefinida sobre sua qualidade de vida.2 E prevalência da síndrome de Burnout em intensivistas da cidade de Salvador foi de 63,3%. O trabalho exercido por estes profissionais foi classificado como de alta demanda psicológica, o que implica maiores riscos à saúde do trabalhador.2
Em 2016, a Escola de Economia de Londres apresentou um estudo sobre a depressão no trabalho. De acordo com o levantamento, o Brasil perde US$ 63,3 bilhões por ano devido ao afastamento do trabalho por questões de estresse e depressão, ficando em segundo lugar no ranking mundial, ao contrário dos Estados Unidos, aonde o estresse no trabalho é um problema de saúde pública.3
Ainda sobre o Brasil, a Associação Internacional de Gestão de Estresse estima que 32% dos profissionais do país sofram com o esgotamento mental no ambiente de trabalho. O valor é superior a 1/3 do total de trabalhadores, os quais podem estar próximos de um colapso ou uma depressão.3
Sintomas
Os sintomas que podem indicar a síndrome de Burnout são muitos e não precisa sentir todos eles para ser diagnosticado. Na maioria das pessoas, os sintomas aparecem de forma leve e vão piorando com o passar do tempo. Os portadores da síndrome de Burnout geralmente pensam que estão apenas cansados e que se trata de um mal-estar passageiro.1
Veja alguns dos sinais de alerta. Em caso de evolução dos sintomas, não deixe de procurar ajuda profissional1:
- Exaustão extrema, física e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite: sentir mais ou menos fome;
- Alteração dos batimentos cardíacos;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Dificuldades para se concentrar;
- Pensamentos negativos constantes;
- Sentimentos de derrota e incompetência;
- Desânimo;
- Alterações de humor;
- Aumento da pressão arterial;
- Dores musculares;
- Isolamento;
- Insônia
- Problemas no sistema gastrointestinal (estômago e intestino).
Se você acredita que está sentindo sintomas da síndrome de Burnout,
procure assistência médica especializada.3
Referências bibliográficas:
MAT-BR-2200017