Entra ano, sai ano e as suas resoluções continuam sendo cumpridas pela metade? Se sim, que tal mudar a estratégia para evitar novas frustrações?
Criar uma lista de resoluções de final de ano pode ser bastante positivo, segundo o terapeuta cognitivo e psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo, Edgar Oliveira. Por outro lado, tais metas criam expectativas que, quando não cumpridas, acabam provocando o efeito inverso ao esperado, como a ansiedade e culpabilidade.
“A frustração é um dos motivos principais do ganho de peso, por exemplo. Quando temos uma meta de emagrecimento e a atingimos apenas parcialmente, podemos desanimar e voltar ao comportamento anterior, ganhando mais peso”, conta. “O ideal seria estabelecer pequenas metas e valorizar os avanços alcançados”, completa.
A sua lista de resoluções de final de ano.
Para evitar a frustração, as resoluções de final de ano precisam seguir três regrinhas simples.
Elas precisam ser:
1. mensuráveis 2. realistas 3. simples
Primeiro, deve-se criar uma forma de medir de forma prática o seu desempenho. Planejar “ser feliz”, por exemplo, é muito subjetivo, amplo. Por outro lado, decidir viajar bastante ou encontrar os amigos com mais frequência é algo que conseguimos medir, certo? É importante saber o que estamos medindo e qual régua usaremos, assim conseguimos comemorar as pequenas vitórias também. Dessa forma você terá um referencial para avaliar as metas e ficará mais satisfeito quando descobrir que as alcançou.
Outra fonte de frustração são as resoluções pouco realistas. Comprar um apartamento em 12 meses será bastante complicado se o seu porquinho ainda está vazio. O ideal seria estabelecer uma meta possível, como juntar parte do dinheiro ou criar uma poupança com tal objetivo, definindo um valor para ser investido todo mês.
Já as resoluções simples são aquelas que podemos realizar sozinhos e que estão dentro das nossas possibilidades. Você pode decidir começar um namoro, mas para que ele ocorra, depende-se de outra pessoa. O seu papel pode ser estar aberto a um relacionamento, frequentar novos lugares e assim por diante.
É preciso tomar cuidado ao criar uma expectativa que não depende só da sua boa vontade para se realizar. Se a sua meta é garantir que a família esteja unida nas festas de final de ano, por exemplo, poderá se frustrar. Ainda que tente criar um diálogo entre os parentes, a união dependerá de cada um.
Por fim, Edgar aconselha a estabelecer um cronograma para as resoluções de final de ano. Parece pragmático, mas pode funcionar -- inclusive para quem fica ansioso quando as metas não estão sendo cumpridas. Afinal, quando organizamos os objetivos e, em seguida, visualizamos o que precisamos fazer, nos sentimos mais motivados a concretizar cada um dos passos.
“Precisamos definir um começo e um fim para atingir cada meta estabelecida. Se não dermos um prazo, não avançamos”, afirma.
Por isso, o ideal é estabelecer resoluções realistas, sem pecar pelo exagero.
Quem não pratica nenhum esporte dificilmente conseguirá fazer uma hora de academia por dia a partir de primeiro de janeiro, por exemplo. Meia hora de caminhada três vezes na semana, por outro lado, é mais realizável a curto prazo.
Comemore (todas) as suas vitórias
End-of-year resolutions should not become a source of billing. So, learn to celebrate your victories, even if they were less than expected. “If you planned to save R $ 10,000 in one year, but only managed to save half, know that everything is fine. You acted as much as possible, ”advises Edgar.
Fewer charges and more kindness to yourself in 2019. How about starting with that goal?
*** Quotes from the cognitive therapist and psychiatrist at Hospital das Clínicas de São Paulo, Edgar Oliveira