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Calçar os sapatos do outro e além

Psicoterapeutas com frequência usam a empatia para compreender as motivações, afetos e comportamentos do paciente para poder ajudá-lo.2 Mas este recurso não precisa ser só deles, especialmente na hora de ajudar alguém próximo que está batalhando contra um transtorno de saúde mental.  

Mas o que é, afinal, a empatia? O termo é abrangente, sim, e cobre uma gama bem grande de experiências, mas pode ser definido como a capacidade de sentir as emoções das outras pessoas, imaginando o que ela poderia estar pensando ou sentindo em determinada situação.3

Certos pesquisadores afirmam que há dois tipos de empatia. A empatia afetiva refere-se às sensações e sentimentos que recebemos em resposta às emoções dos outros. Por exemplo, quando um amigo passa por uma situação muito difícil ou assustadora, podemos também nos sentir estressados ou ansiosos ao mesmo tempo, junto com ele - é como se nós literalmente "tomássemos as dores" do outro. Já a empatia cognitiva é a capacidade de identificar e compreender as emoções do outro, sem necessariamente senti-las ao mesmo tempo.3

Pode-se dizer que a empatia vai além de compartilhar da perspectiva de outra pessoa. Para ser realmente empático e tentar entender um pouco do universo da outra pessoa, é bacana tentar conhecê-la e analisar suas circunstâncias. Por exemplo, você provavelmente sabe que há milhares de pessoas vivendo em condições de miséria no Brasil. Para ajudá-la, você pode oferecer uma cesta básica ou uma muda de roupas, e é claro que isso já ajuda. Mas conhecer alguém nessas condições, acompanhar sua rotina, ver onde ela vive, tudo isso faz com que você entenda do que ela realmente precisa, e isso pode alterar o que você vai doar ou como vai ajudá-la.

Ok, quer um exemplo mais próximo? Que tal uma amiga que acabou de ter bebê? É impossível ignorar o fato de que seus hormônios podem estar interferindo na sua tomada de decisões ou na forma como ela enxerga a vida. Privação de sono, insegurança de não saber se será uma boa mãe e todos os medos de trazer uma criança ao mundo podem compor um contexto propício para uma depressão pós-parto. Como será que você pode ajudá-la para além do "mas você acabou de ter um filho, veja só que maravilha"?

Empatia não é simpatia

A empatia é constantemente confundida com a simpatia, outro conceito importante para a qualidade das relações interpessoais. Mas quando comparados, os dois termos têm significados bastante diferentes.1

A raiz do dois sentimentos está na preocupação com o bem-estar do outro. No entanto, a empatia ocorre quando você abre o seu coração e tenta entender e sentir as emoções de outra pessoa como se fossem suas. A simpatia, por outro lado, refere-se à tristeza sentida diante do infortúnio alheio e está intimamente ligada à pena, o que traz um distanciamento emocional e menor compreensão do que o outro está passando.1

Vamos ao exemplo prático? Um amigo seu perdeu um familiar muito querido e está enfrentando dificuldades para manter os estudos ou o trabalho. Sentir simpatia por essa situação significa manifestar tristeza pela perda e sentir pena. Em contrapartida, sentir empatia é compreender por que o luto está influenciando seu desempenho. Ao calçar os sapatos do outro, é possível ajudá-lo.

O poder da empatia contra a depressão

Ainda que a depressão seja uma doença com possíveis causas genéticas e fisiológicas4, há uma série de ações concretas para prevenir ou ajudar quem está deprimido.

De acordo com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina5 a empatia é uma aliada importante na prevenção do suicídio e pode salvar vidas. 98% das pessoas que se suicidam apresentam algum transtorno de humor, e a depressão é o mais comum.5

Quem está deprimido, principalmente em estado grave, não enxerga nenhuma saída para a sua situação. Por isso, a ajuda externa é tão importante. São as outras pessoas que poderão mostrar novos caminhos, como a ajuda profissional.5

Por fim, para calçar o sapato dos outros, é preciso se despir de julgamentos. Quem considera a depressão e o suicídio como frescura ou fraqueza, por exemplo, não está apto a dar apoio. Mas quem se coloca no lugar do próximo, sim.5 Vamos à prática?

Referências:

1. The South Africa College of Applied Psychology [homepage na internet]. The difference between empathy and sympathy (and how to nurture both) [acesso em 08 Out 2018]. Disponível em: https://www.sacap.edu.za/blog/psychology/empathy-vs-sympathy/

2. American Psychological Association - APA Dictionary of Psychology [homepage na internet]. Empathy [acesso em 08 Out 2018]. Disponível em: https://dictionary.apa.org/empathy

3. Berkeley University - Great Good Science Center [homepage na internet]. What is Empathy? [acesso em 08 Out 2018]. Disponível em: https://greatergood.berkeley.edu/topic/empathy/definition

4. Ministério da Saúde [homepage na internet]. Depressão [acesso em 08 Out 2018]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/76depressao.html

5. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina [homepage na internet]. Precisamos falar sobre suicídio: informação e empatia podem salvar vidas [acesso em 08 Out 2018]. Disponível em: https://www.spdm.org.br/saude/noticias/item/2797-precisamos-falar-sobre-suicidio-informacao-e-empatia-podem-salvar-vidas

SABRAGE.MDY.18.10.0338

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